Na primeira parte da série sobre planejamento estratégico, conhecemos brevemente a história da estratégia e qual o processo para sua execução.
Agora, iremos um mais além. Falaremos sobre como escolher uma estratégia e como mapeá-la. Preparados para a continuação?
A escolha da estratégia
Estratégia é, essencialmente, uma questão de escolha. Embora o foco de implementação seja o problema principal. Certamente uma parte importante das falhas é causada pela falta de clareza da própria estratégia.
É preciso responder às perguntas “O que devemos fazer? ”e, principalmente, “O que não devemos fazer? ”. Questão de priorização na alocação dos recursos, que são escassos na organização.
Claro que toda escolha implica numa renúncia. Portanto, é preciso escolher o que fazer, que clientes buscar, que produtos lançar e assim por diante. Mas, acima de tudo, é preciso escolher o que não fazer, estabelecendo o foco do negócio. Vale lembrar o dito popular: “Quem fica em cima do muro leva tiros dos dois lados”.
Durante a etapa de escolha estratégica, a ideologia central da organização – Visão, Missão e Valores – é revisada e estabelecida claramente. Assim como os clientes-alvo e as características do posicionamento de mercado e da proposta de valor aos clientes. Desta forma, a organização estabelece os pilares para execução da estratégia.
A estratégia só deve levar em consideração que é preciso alocar de forma racional. Os recursos são finitos em uma realidade de necessidades infinitas. Já que os recursos restringem as alternativas, é preciso identificar as opções. Principalmente, as que mais agregam valor ao negócio, levando em consideração os desafios futuros.
Mapeamento da estratégia
As diretrizes estratégicas de uma organização estão normalmente muito distantes da dimensão de operações. Ou seja, as tornam mais claras e acessíveis a todos os níveis da organização.
A difícil tarefa de executar a estratégia exige que se criem instrumentos que a traduzam em uma linguagem comum a todos da organização, possibilitando ainda a sua gestão.
Existem algumas ferramentas de monitoramento e execução da estratégia. Ferramentas que auxiliam as organizações nessa etapa, dentre eles podemos citar:
Balanced Scorecard (BSC)
O Balanced Scorecard (BSC), criado no início da década de 90 por Robert Kaplan, professor de Harvard. David Norton, consultor de empresas, vem suprir esta lacuna. Atuando como um modelo poderoso para o alinhamento, gestão e comunicação da estratégia. É um modelo que traduz a Estratégia em termos operacionais utilizando quatro elementos principais: Mapa Estratégico, Indicadores, Metas e Projetos Estratégicos.
O grande diferencial do BSC é a sua simplicidade. Assim como, a sua capacidade de mostrar as prioridades organizacionais de uma forma sintética. Bem como, permitir uma fácil comunicação a todos os colaboradores.