Puxa, quando retornamos nosso pensamento para o início de 2020 — o que hoje nos parece estar algumas décadas no passado, e não apenas alguns meses — vemos que tínhamos muitos planos de crescimento, muitas esperanças para o ano que se iniciava.
Mas… no meio do caminho tinha uma COVID-19.
Sem nos atermos aos problemas políticos, à confusão inicial, às perdas de pessoas (sempre a principal perda), clientes, projetos, faturamentos; sem nos perdermos no que “poderia ter sido”, vamos observar um aspecto que é de fundamental importância para nós e para as instituições onde realizamos nossas atividades profissionais: a necessidade de atualizarmos — sempre — nosso conhecimento profissional.
Esse processo de atualização se concretiza, obviamente, por meio dos treinamentos a que somos submetidos, e aqui a pandemia trouxe um problema. A boa notícia é que “quando a água bate nos fundilhos”, parafraseando os antigos, a gente se mexe e encontra caminhos alternativos, o que de fato vem acontecendo nesse quesito.
O problema dos treinamentos como costumávamos realizá-los é evidente: a aglomeração de pessoas em uma sala de aula durante horas ou dias é uma receita brutalmente eficaz para o espalhamento da doença. Isso por conta de um mecanismo chamado carga viral. A carga viral é, em resumo, a quantidade de vírus a que uma pessoa é submetida. Quanto maior a carga viral, maior a possibilidade de se contrair a doença. E mais: a carga viral aumenta não só com a quantidade de pessoas com COVID-19 estão à nossa volta, mas também pelo tempo que porventura passemos próximos a uma ou mais pessoas com COVID-19. É por isso, aliás, que profissionais de saúde são mais propensos a contrair a doença: porque passam boa parte de seu dia em contato com pacientes infectados, aumentado a carga viral a que são submetidos.
Transpondo esse conceito para a sala de aula, o que temos é a possibilidade de um dos presentes estar infectado com COVID-19, espalhando a doença no ambiente. Se alguém entra na sala brevemente, sai e não volta, a chance é pequena de que tenha contraído a doença (mas essa chance é, sim, maior que zero). Já o professor e os demais alunos (supondo que seja um aluno infectado), esses vão aumentar a carga viral a que são submetidos a cada minuto que permanecem na sala com o doente — mesmo que esse doente não esteja apresentando sintomas.
Em outras palavras: não é uma boa ideia retornar à sala de aula para treinamentos (e no caso das escolas de ensino fundamental, médio e superior, então, nem se fala).
Ainda assim, a necessidade persiste: precisamos de informação, precisamos continuar o processo de educação dos recursos da instituição para que possam sempre realizar o melhor trabalho possível. Em outras palavras: parar de treinar não é uma opção.
Como proceder diante dessa necessidade e diante da impossibilidade de reuniões presenciais?
Vejamos alguns aspectos que, em conjunto, ajudam a responder essa questão.
Há hoje várias ferramentas que permitem a realização de videoconferências, que já utilizamos em nossas reuniões profissionais (e nos happy hours virtuais que inevitavelmente rolam, não é verdade?). Pois bem, com um pouco de adaptação essas ferramentas podem ser utilizadas e quando o processo é bem feito, trazem excelentes resultados.
Algumas dessas ferramentas:
Além dessas ferramentas de videoconferência, ainda há soluções para a realização de “lives”, que geralmente são bastante úteis quando o público a ser atingido é maior, e com menos necessidade de interação entre os participantes. Palestras, aulas magnas, painéis de discussão são os formatos mais adequados para as lives, e aqui temos três ferramentas que podem ajudar muito em sua realização:
Os treinamentos on-line geralmente assumem um de três formatos possíveis:
Como escolher?
O processo decisório para os treinamentos em tempos de pandemia não difere muito de qualquer decisão que devamos tomar em nossa organização: depende de obtermos o máximo de informações possíveis sobre o assunto (e as informações acima já servem como pontapé inicial, mas nem de longe esgotam a questão) e aplicarmos as técnicas de tomada de decisão que estão disponíveis a qualquer organização. Duas coisas, porém, a pandemia não mude: a necessidade que a organização tem de educação continuada e a necessidade de a organização tomar decisões acertadas.
As tecnologias e os novos formatos (alguns deles já não tão novos, uma vez que já eram utilizados em menor escala antes da pandemia) podem assustar um pouco no começo, e certamente vão causar certo desconforto. Nada mais natural, uma vez que a COVID-19 nos impôs uma série de mudanças na rotina, nem todas elas bem-vindas. Contudo, o que vemos é que algumas dessas mudanças trazem consigo benefícios que antes não enxergávamos: hoje, por exemplo conseguimos realizar nosso trabalho —no mais das vezes, claro — sem precisarmos nos deslocar; a tecnologia joga a nosso favor e está à nossa disposição, colaborando para nossa produtividade; essa mesma tecnologia permite que realizemos à distância atividades que antes exigiam a presença física.
Aprenda mais sobre as alternativas on-line de treinamento e coloque as possibilidades que mais se encaixam às necessidades da sua organização na pauta de decisão. Você vai ver que em pouco tempo esse “novo normal” vai trazer benefícios para você, para sua carreira e para sua organização.
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